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Vesperbild (Original em Alemão Medieval)
História e Significado
A imagem que conhecemos mundialmente pelo nome italiano Pietà nasceu, na verdade, nos vales da Alemanha no século XIV, sob o nome de Vesperbild ("Imagem das Vésperas"). Historicamente, os Evangelhos não descrevem esse momento; a Bíblia passa da Cruz direto para o Túmulo. A Piedade foi uma criação dos místicos para gerar um tempo suspenso onde a mãe pudesse se despedir do filho.
A versão definitiva desta devoção, contudo, surgiu de um desafio quase impossível. Em 1498, um cardeal francês encomendou a obra exigindo "a mais bela obra de mármore de Roma". Michelangelo, com apenas 24 anos, aceitou. Ele viajou pessoalmente às pedreiras de Carrara e passou nove meses apenas escolhendo o bloco de mármore perfeito.
O resultado foi tão sublime que, reza a lenda, ao ouvir visitantes atribuírem a escultura a outro artista, Michelangelo invadiu a igreja à noite e entalhou seu nome na faixa que cruza o peito da Virgem. É a única obra que ele assinou em toda a sua vida.
Teologicamente, esta imagem fecha o ciclo da vida de Cristo: o mesmo colo que O segurou no nascimento (o berço) agora O segura na morte (o altar). Essa função de "acolhimento final" explica por que a imagem é tão comum em locais de passagem: ela oferece um modelo visual de conforto, mostrando que ninguém parte sozinho.
Essa devoção viajou o mundo. Em Portugal (Loulé), é a "Mãe Soberana"; no Sri Lanka, é "Nossa Senhora dos Milagres". No Brasil, ela reina no alto da Serra da Piedade (MG), dominando a paisagem do ferro e do ouro.
Mas é na riqueza do sincretismo brasileiro que a sua universalidade brilha: pela conexão com as águas (as lágrimas salgadas) e o manto azul, a Piedade é associada na Umbanda e Candomblé às vibrações de Iemanjá (a Grande Mãe) e à sabedoria ancestral de Nanã Buruquê (mistério da passagem). Assim, ela se torna a mãe que acolhe e cura a dor emocional de todos os filhos, independente do credo.
Como Identificar
Esta é talvez a imagem mais universal da dor e do amor materno. A Piedade é identificada pela cena da Virgem Maria sentada, segurando o corpo de Jesus morto em seu colo logo após a descida da cruz.
Existem duas representações clássicas que definem a estética desta devoção:
- A Pietà Renascentista (Idealizada): Inspirada na obra de Michelangelo, mostra uma Maria jovem e serena, vestida com mantos volumosos, segurando um Cristo que parece apenas adormecido. Transmite paz, resignação e beleza divina.
- A Pietà Gótica/Dramática: Esta é a versão original histórica (Vesperbild). Mostra uma Maria com expressão de choro visível, muitas vezes com o coração trespassado por espadas (ligação com as Sete Dores), segurando um Cristo com as feridas da Paixão expostas. Transmite a realidade crua do sacrifício.
Senhora das Dores e do Amor Infinito.
Tu, que recebeste em teus braços
o corpo ferido de teu Filho,
acolhe agora em teu colo as nossas dores,
as nossas angústias e as nossas esperanças.
Ensina-nos que o amor é mais forte que a morte.
Enxuga as nossas lágrimas,
como enxugaste o rosto de Cristo,
e transforma o nosso sofrimento
em semente de ressurreição.
Mãe Soberana, rogai por nós.
Amém.
Oração Tradicional
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